Gerônimo se mostra indignado com o esquecimento do Pelourinho

16 de junho de 2011 - 15:32 Matheus Dunham

O cantor e compositor Gerônimo que esteve presente na sessão especial em pró de melhorias para Pelourinho se mostrou indignado e insatisfeito com debates que são realizados para o local e não é feito nada de efetivo, nenhuma ação é tomada e ainda revelou o que deveria ser feito para o Pelô voltar a ser o que era.
“O problema do Pelourinho são duas coisas bem simples. Primeiro a harmonia entre os poderes estado e município que não existe, ficam em uma espécie de Derby, de quem é o melhor, um querendo ser melhor do que o outro e na verdade não resolve problema algum. Segundo ponto é a intervenção social que também não é realizado no local. Ficar aqui debatendo, conversando é muito legal, fácil, eu quero é ação”, afirmou Gerônimo.

Clarindo Silva

Mesmo pensamento que corrobora Clarindo Silva, integrante do movimento Cantina da Lua. “É muito importante o debate, mas projetos temos vários. Eu quero é saber das ações, quero ver a prática. Já são várias casas comerciais fechadas e que o Pelourinho é inseguro não é verdade. No entanto, a região que é o coração da cidade foi abandonada”, disse Clarindo que já frequenta o local a cerca de 50 anos.

Gerônimo

O cantor Gerônimo ainda revelou que uma forma de mudar esse estado é realizando uma reforma política. “Quando eles querem vender a Bahia, mostram o estado, fotografam o Pelourinho, nos casarões dos próprios órgãos como IPAC, entre outros, mas os casarões antigos que estão em ruínas ninguém tira foto. Eles também tiram fotos de negras, mas não mostram a miséria que o local passa. Ficar aqui sentado, no ar condicionado debater e falar é fácil, até eu faço e muito bem por sinal. A revitalização já era para ter sido realizada há muito tempo”, complementou.

Para finalizar o cantor ainda disse que revelou que o problema da violência do Pelourinho não pode ser tratada também com violência, pois a polícia é para reprimir o crime e não os pedintes. E que político também deveria ser que nem qualquer outro trabalhador, se não cumprir, se não produzir tem que ser demitido, deputado, vereador, presidente o que for. E também afirmou que tem pretensão política mas ainda não tem culhão para isso e que o Pelourinho só não morreu ainda também pelo projeto que ele realiza no local.

Fotos: Marinaldo Oliveira/Consulado Social