Quando se fala da Bahia lembramos do acarajé, do caruru, e de muitos pratos tradicionais que encantam turistas e baianos.
Andando pelas ruas e ladeiras do Pelourinho, um aroma inconfundível seduz a quem passa pelo Centro Histórico de Salvador. Restaurantes oferecem a seus clientes uma variedade de pratos que agradam aos olhos de quem admira as receitas antigas das senzalas somadas ao requinte da cozinha real portuguesa. O prato mais consumido é a moqueca, seja ela de peixe, camarão, ou frutos do mar, acompanhada de arroz branco e farofa de dendê.
Nos restaurantes do Pelô, há um universo de opções para satisfazer a todos os paladares.
O restaurante Coliseu oferece uma culinária diversificada que combina pratos tradicionais das cozinhas baiana e internacional. Maria Helena Cintra, supervisora há sete anos do restaurante, conta que o prato mais pedido é a comida baiana, além da famosa lasanha de banana. “Aqui o cardápio não se repete, cada dia é um prato diferenciado, conta.”
Jairo Carrico, consultor de telecomunicações afirma que é cliente assíduo e que tem preferência por comida baiana.
“Gosto muito de moqueca, principalmente se for de camarão, para mim é o melhor prato”, comenta.
“Gosto muito de moqueca, principalmente se for de camarão, para mim é o melhor prato”, comenta.
No bar e restaurante Panorâmico Coração do Pelô, a gerente Carla Bianca Ribeiro, revela que investe na qualidade dos alimentos para atrair sua clientela. Contando com 27 pratos no cardápio, o restaurante funciona de segunda à sexta e conta também com o serviço a la carte. Tem churrascaria, massas importadas e comida regional. As quartas-feiras têm feijoada e na sexta-feira tem a tradicional comida do ritual baiano, o caruru completo. “Por ter um cardápio bem eclético, o cliente mistura muito, come um pouco do buffet, come do churrasco. O importante é que ele saia daqui satisfeito”, relata.
Júlio Cézar Franco, administrador de empresas, que almoçava no restaurante, diz que não é chegado em azeite e prefere churrasco. “Sou carnívoro mesmo, comida com azeite só bobó de camarão, fora isso só carne”, brinca.
Há 15 anos com seu restaurante no Pelourinho, a quituteira Alaíde da Conceição, mais conhecida como Alaíde do Feijão, também tem conquistado os clientes com o que sabe fazer de melhor, a feijoada.
No restaurante os preços são bastante acessíveis, o caldo de feijão mulatinho custa R$2, mas a campeã de vendas é a feijoada baiana, responsável por 80% dos pedidos e custa R$12. “Aqui tem também rabada com pirão, dobradinha, comidas de azeite, e no final do almoço a sobremesa é por conta da casa”, convida.
No Restaurante-escola do SENAC, é possível provar 40 pratos regionais feitos e servidos por alunos da instituição.
O cliente pode comer o que quiser e quanto quiser, podendo provar de tudo: acarajé, vatapá, moquecas, caruru e muito mais. Além disso, há as sobremesas, que variam da cocada com mamão a baba de moça e o quindim, tudo isso no buffet que custa R$28.
O chefe de cozinha há 22 anos, Raimundo Santos, do restaurante Gamboa, trabalha com as cozinhas típica e francesa, e conta que já houve dias em que preparou mais de 300 pratos, entre moquecas, ensopados de peixe, camarão. Mas o prato principal do restaurante é o camarão com molho de manga. “Adoro cozinhar, trabalho porque gosto do que faço”, afirma o chefe.
Mas nem só de comida vive o Pelourinho, há também as bebidas típicas. Localizado no Terreiro de Jesus há 15 anos, o bar O Cravinho, conta com uma variedade de bebidas que misturam ervas com a típica cachaça. Além do cravinho, tem cachaça misturada com jatobá, canela, erva doce, milome. Alfeu Batista, funcionário público de Porto Alegre (RS), de férias em Salvador, conta que gosta muito da bebida e do atendimento no bar, e diz que o melhor horário para tomar o cravinho é a partir das 11h. “Gosto do clima, do ambiente e das pessoas. E sempre que venho a Salvador tenho que tomar o cravinho”, revela.
É possível pagar barato no Pelô, como também pagar caro em pratos mais sofisticados, ou nem tanto assim, como a macarronada com frutos do mar para duas pessoas que custa R$78 no restaurante “Maria Mata Mouro”, mas vale a pena pela beleza e requinte do local.
Acarajé, vatapá, moquecas, pizzarias, sorveterias, pastelarias, bebidas exóticas, toda essa mistura faz da Bahia uma festa de cores e sabores.
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