13.7.11

PASSEIO NO PELOURINHO

Prezados Amigos,

Como já é do conhecimento de todos, a ACOPELÔ resolveu dar um basta na exploração e degradação do Pelourinho, tendo conseguido reunir várias pessoas e instituições do centro da cidade, e de outros pontos, no movimento SOS PELOURINHO, que já repercutiu até internacionalmente.

Porém o receptivo de Salvador pode colaborar um pouco mais, já que o nosso cliente está sofrendo diversos tipos de maus tratos no Centro Histórico, que seguramente tem afetado a atividade, e por omissão dos poderes públicos. A Acopelô está entrando hoje no Ministério Público, através da Subcomissão de Segurança da Assembléia Legislativa, que foi acionada, e já há ações no sentido de recuperar casarões e colocar a Assistência Social para funcionar.

Mas o Ministério do Turismo e a Saltur, absolutamente omissos, precisam trabalhar! Todos vocês sabem que o turismo em Salvador é controlado pela Secretaria de Turismo do estado, capta dinheiro em nome do Pelourinho, e investe em outra áreas, desde ACM, e a Saltur só serve para receber dinheiro mensalmente, trabalhar no Carnaval e passear pelo mundo afora. A Embratur assumiu a promoção, o incentivo e a fiscalização do turismo na Constituição de 88, mas só trabalha para as operadoras.  Precisamos de representação política, que a Saltur não faz, e instituições que representem os segmentos do receptivo, agências, hotéis (a ABIH já está se movimentando, fará uma reunião amanhã no Pelourinho), transporte, Singtur, Agmturch, turismo náutico, etc, para cobrar a fiscalização no Pelourinho, sob pena de perdermos o pouco de turistas que ainda vem para esta cidade. Os turistas estão passando pela seguinte situação:

- abordagem, assédio e oferta de serviço de guia, agressivo, assustador e explorador, no entorno do Mercado Modelo, Elevador Lacerda, Viaduto da Sé (entrada da Saldanha da Gama), Terreiro de Jesus, na esquina da H Stern (onde desembarcam de carros e taxis), Largo do Pelourinho e Casa do Benim. Feito por pessoas de todo tipo, desocupados, dependentes químicos, ex presidiários, flanelinhas e vendedores de colares (alguns se apresentam como membro do Projeto Axé, ou do Olodum, que não tem esse serviço). Nem os guias do Centro Histórico estão conseguindo trabalhar! Qualquer informação, ou condução à um ponto, é motivo de pedir muito dinheiro (as baianas passaram a pedir 5 ou 10 reais PARA CADA UMA que posa para foto), o que tira a tranquilidade, a motivação e a vontade de voltar, ou recomendar Salvador;

- taxistas agem livremente como guias no Pelourinho, prejudicando o atendimento de Salvador e tirando o trabalho de guias profissionais. Ainda costumam recomendar que turistas não utilizem  serviço de guia no local. Isto é proibido, e tem que ser respeitado! Se alguém do turismo tentar fazer transporte de táxi aparece um zilhão de fiscais. O Ministério do Turismo tem que fazer jus ao salário que recebe do contribuinte, trabalhar pelo turismo do município, cobrar da Saltur e dos outros poderes, cumprir com suas obrigações!

- lamentavelmente assaltos voltaram a ser uma constante, não é exagero. Agora existe uma modalidade que é a "rede" no Largo do Pelourinho, nos horários menos movimentado. 2, 4 ou 6 elementos seguem o turista até chegar num ponto estreito, onde atacam de uma vez, levam tudo, e não raro agridem as pessoas. Tem que ter cuidado na Pç Municipal e na Pç da Sé. NÃO MANDEM SEUS TURISTAS SÁBADO PELA TARDE, NEM DOMINGO EM HORÁRIO NENHUM, MUITO MENOS À NOITE. As Polícias Militar e Civil não dão conta de tantos desocupados, indigentes, viciados e delinquentes que o município e o estado não cuidam. Os casarões que queremos reformar estão invadidos por estas pessoas, não há centro de recuperação, abrigo, nem a legislação mantém esta gente presa, pois o sistema penitenciário está estrangulado; 

Isto é o que está prejudicando o turismo no município! Não há crise, e sim falta de ação dos poderes públicos, que não são cobrados. Contribuam com a luta do Pelourinho! Sugiro uma moção, um documento elaborado pelas agências, uma ação do Singtur, outra da Agmturch, e outra dos transportes, para cobrar ações da Saltur e do Ministério do Turismo, se preciso acionar os dois no Min Público Federal. Não é brincadeira! O empurra-empurra dos órgãos públicos está acabando com o turismo em Salvador. Quando questionamos os responsáveis eles dizem que não é com eles, é com o outro, e com isso perdemos muitos casarões, vários não tem mais jeito, e a degradação social afetou o turismo. 

Vamos fazer nossa parte, melhorar o receptivo de Salvador e desenvolver ações para trazer mais turistas, não esperar pelas operadoras. Afinal, muita gente está viajando pela internet e escolhendo lugares limpos, seguros e com bons serviços. E não é Salvador! 

Mas basta começar a trabalhar, demonstrar consciência e preocupação, cobrar dos responsáveis, passar a fiscalizar, que o turista volta e recupera a cadeia econômica do turismo e da cidade. Vamos tratar de cobrar representação política, cobrar uma secretaria de turismo, eleger alguém do meio para representar o turismo.

José QUEIROZ

Nenhum comentário:

Postar um comentário